Não nego, numa hora odeio-te e na outra gosto de ti, numa hora só te quero bater e na outra só te quero abraçar. Tens a capacidade de criar em mim os sentimentos mais contraditórios que alguém alguma vez foi capaz de criar e se tu soubesses o quanto isso me deixa confusa. És uma pessoa complicada de perceber, tens um feitio, particularmente, dificílimo, levas-me muitas vezes ao extremo com certas coisa e deixas-me tão profundamente irritada contigo que só me fazes querer arrancar-te esses cabelos mas, por outro lado, tenho que admitir que me fazes incrivelmente bem, tenho que admitir que sabes tirar o melhor de mim de uma maneira tão peculiar que chega mesmo a assustar-me, sabes como me arrancar um sorriso, tão bem, como me sabes fazer odiar-te. És um misto de emoções, és fechado no teu próprio mundo e tenho tanta dificuldade em perceber o que pensas, o que sentes e o que queres da vida. Gostava de te compreender, admito que sim, és um desafio para mim e isso é o que mais me prende a ti, tens atitudes que reprovo completamente, mas tens outras que aprovo na totalidade, tens uma maneira muito própria de levar a tua vida e gostava tanto de aprender isso contigo. Fazes-me bem, mesmo que não te apercebas disso, tens aquele sorriso que pouca gente tem, o olhar enigmático que dificilmente alguém consegue traduzir, tens a doçura em ti, mas por outro lado és o diabo em pessoa e talvez seja isso que me faz gostar tanto de ti. Admito, já pensei em ir embora por muitas vezes teres essas atitude tão desinteressada para comigo, não sei se é a tua forma de gostar ou se é mesmo desinteresse. Já pensei muitas vezes em dizer-te o que penso em relação a ti mas, pela primeira vez, não o faço por medo te perder, pelo medo que tenho em te magoar porque apesar de tudo não o mereces. Gosto de ti, mas também te odeio.