Hoje foi um dia, especialmente, difícil para mim. Não sei explicar, mas senti uma enorme falta de ti, uma enorme falta de nós dois. Eu sei que os primeiros dias são os mais complicados, mas confesso que nunca pensei que fossem tanto. Confesso que nunca pensei que fosse sentir tanto a falta de alguém como tenho sentido a tua. É complicado não ter uma palavra tua, não ter a tua presença nos meus dias, é complicado um dia ter tudo e no outro não ter nada. Hoje reli, talvez, uma das melhores mensagens que recebi tuas, custou, custou muito. Dizias-me que era o teu porto seguro, que não me trocarias por nada, que me querias ter sempre ao teu lado entre muitas outras coisas, confesso que depois de reler aquilo me vieram as lágrimas aos olhos e que me perguntei inocentemente " Para onde foi tudo isto?". Guardo as melhores recordações tuas, recordações de uma pessoa carinhosa, meiga, uma pessoa que me respeitava e que gostava de mim, uma pessoa que até ao último instante foi sincera comigo. Não guardo qualquer mágoa, não te culpo por hoje me sentir assim, tão triste, não te culpo por ter acabado, não te culpo por já não gostares mais de mim, por já não quereres viver parte da tua vida a meu lado. Só quero guardar as melhores recordações tuas, da felicidade que todos os dias trazias à minha vida, de todo o amor com que fazias questão de encher o meu quotidiano. Só quero guardar as recordações que trago das vezes em que te beijei, e foram tão poucas comparado com aquilo que eu queria, das vezes em que adormeci a teu lado, das vezes em que me perdi num abraço teu. Eu sei, eu sei que eventualmente um dia tudo passa, sei que o sol vai voltar a nascer amanhã e que a vida continua, eu sei que, talvez, o nosso tempo tenha acabado, mas acredita que eu dava tudo para voltar a viver tudo de novo. Não cruzaste a minha vida por acaso e eu acredito, plenamente, nisso. Levaste um bocado de mim e deixas-te um bocado de ti. O tempo cura, talvez.