O dia chegou ao fim e com ele chegas-te tu e tudo aquilo do qual és dono. Os nossos lábios tocaram-se, a fadiga era evidente nos nossos corpos, mas isso não nos impediu. Os teus olhos brilhavam tal como a lua daquela noite, as tuas mãos transpiradas envolveram o meu corpo. O desejo era evidente, o amor esse ambos possuíamos de uma forma que jamais tinha visto igual. Os nossos corpos entrelaçaram-se, as minhas mãos percorreram o teu ser como se o amanhã jamais existisse, a tua ofegante respiração, o suor que de ti provinha, a chama do nosso amor que voltará a ser o que no passado tinha sido afastavam o medo que habitava em mim. Acabamos por nos perder no corpo um do outro, deixamos o amor falar mais alto, esquecemos tudo e concentramo-nos apena em nós. Deixamos a sensibilidade, a paixão e o desejo tomar conta das nossas almas e foi assim que nos entregamos e que acabamos por ter a melhor noite das nossas vidas. A manhã chegou, o sol invadiu a nossa janela e quando finalmente acordei percebi que já não estavas do meu lado. Passei os dias todos a perguntar-me o porque de me teres deixado ali, exatamente no mesmo sitio onde me tinhas dado verdadeiras provas do teu amor. A mágoa era enorme e o amor continuava em mim.Mas hoje a realidade é diferente. O meu corpo esqueceu os caminhos por onde andou, nos recantos do teu, a magoa já não mora mais em mim, sei que é necessário partir. Paguei caro o preço do amor, mas voltei a viver. Já não sinto mais o sabor do teu suor, do teu colo, já não sinto mais o calor do teu toque, o som do teu coração a bater, já não ouço a tua delicada voz nem vejo o brilho do teu olhar. Não vejo nem sinto, mas também não esqueci.
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