"Sou uma pessoa alegre, divertida e com um sentido de humor muito apurado. Gosto de brincar a falar a sério e falar a sério a brincar. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Tenho felicidade para puder ser doce, mas também tenho amargura para puder ser fria. Sei retribuir em dobro o que fazem para me agradar. Não sei amar pela metade, gosto de ter
tudo por inteiro."
Oh, Doctor. You keep my mind afloat everyday. I hope everybody else who sees this will travel to Gallifrey, discover its beauty and fill this space with their experience there.
Visit my other friends who had been on the TARDIS, will you?
"I´m a Grenade!"
"Os mais fortes também desistem"

domingo, 27 de janeiro de 2013 @ 11:36 | leave a comment?



Foi no passado, eu sempre colocava os olhos no visor do telemóvel na esperança que este tocasse e fosse uma sms ou uma chamada dele. Ficava naquela angústia de saber se ele estaria a pensar em mim e me mandaria uma sms a dizer que me amava. Todos os dias era assim, como se fosse uma rotina, um quotidiano que jamais teria fim, sempre me segurei para não o contactar, talvez por orgulho, não sei.  Até que um dia o que eu, todos os dias, esperava acabou por acontecer. Abri a sms e li: “ Eu amo-te, de verdade, sem como’s nem porque’s, simplesmente te amo. Quero ficar contigo naquilo a que as pessoas chamam de para sempre, ser o teu companheiro e viver do teu lado como sempre sonhei. Espera por mim, prometo que valerá a pena”. Interpretar aquilo deixou-me com uma boa sensação, sensação de amor correspondido, talvez. O tempo passava, e à medida que as horas avançavam tudo ficou cada vez mais diminuído, ele esquecia-se de mim, aos poucos, deixava de se importar, de me procurar e isso deixava-me cada vez mais frágil. Ele nunca foi capaz de perceber isso ou simplesmente fazia de propósito. A minha vida era, praticamente, vivida em função dele, talvez por ingenuidade, por estupidez, não sei. Sempre me tratava como se eu para ele nada significasse. O relógio parecia andar cada vez mais depressa, eu estava numa luta contra o tempo, a dor aumentava cada vez mais, eu queria desabafar, explodir, mas nunca conseguia, apenas deixava chegar a noite e aí eu chorava como se o amanhã não existisse, esperando sempre que a dor se tornasse cada vez menor. Mas com o tempo fui deixando de me importar tanto até ao momento em que pensei em desistir por completo. Sempre me disseram que desistir é para fracos, mas eu não era uma fraca qualquer, apenas percebi o quanto tudo me estava a fazer mal, o quanto me destruía dia após dia e resolvi por fim deixar isto numa outra página de história. Eu era forte por ter guardado tudo o que guardei e ter permanecido calada, por ver coisas e sorrir para esconder a mágoa. Eu sempre o amei, mas continuar com aquilo era matar-me a mim própria e nem perceber.
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