Não sei se deva parar ou continuar o meu percurso, não sei
de deva desistir ou continuar a insistir, não sei de deva falar ou ficar,
simplesmente, no silêncio dos meus dias, não sei se deva fugir ou ficar por
perto, não sei se deve continuar a amar-te ou esquecer-te. Já nada sei e pouco
sinto. Vazia estou e assim permanecerei até certa ocasião. Sem saber quanto
tempo é que terei de esperar, eu continuo aqui, ainda não baixei os braços,
ainda não rastejei por mais fraca e frágil que esteja. Seguro as lágrimas como
posso, pergunto-me como ainda me aguento, mas as respostas não surgem. Ainda
não baixei a cabeça e não pretendo faze-lo, posso andar perdida, longe de
todos, mas a cabeça será a coisa que continuará sempre erguida, mesmo quando os
meus joelhos teimarem em percorrer o chão. Hoje não me procuras-te, não te
pronuncias-te e nem quiseste saber como estou, mas necessitei de te vir
escrever, de por momentos falar para ti mesmo não recebendo qualquer resposta.
Foi difícil, encarar as pessoas, sorrir para elas mesmo sabendo que por dentro
o meu coração chorava, mantive a minha palavra de que estava bem até ao fim e
agora, agora que a noite tomou conta de mim o mundo desmoronou-se, as paredes
são cúmplices das minhas lágrimas, dos meus desabafos e nada sairá daqui. Amanhã
levantar-me-ei, erguerei a cabeça e sorrirei para mais um novo dia.
"Duvidas, questões, medos e sonhos."