Pergunto-me o porquê de me ter pegado tanto a ti, o porquê de não conseguir passar um dia sem te falar, sem recordar o teu sorriso contagiante, o porquê de já não viver sem uma caricia ou uma palavra de conforto vinda de ti. Não sei o que se passa comigo, sempre fui assim, apego-me facilmente às pessoas e acabo sempre por perceber que na maioria dos casos o contrário não acontece. Eu sei, não sou uma pessoa que faz a diferença na tua vinda, tendo vindo a reparar isso com certas atitudes, mas não deixas de ser para mim aquilo que há muito alguém já não era. Seria muito "estúpido" da minha parte fazer de tudo para não me apaixonar por ti? Eu sei, são coisas que não se controlam, quem não podemos impedir, mas admito, por mais que sejas a pessoa ideal não sei se quero que isso aconteça. Não quero ter que ouvir um não na hora da verdade, não quero ter que sofrer por ti, não é que não mereças, mas eu não necessito disso. É indescritível, quando sorris, automaticamente, fazes-me sorrir a mim, quando os teus olhos brilham e transmitem toda a sua beleza eu fico ali, olhando-te e percebendo o quanto seria bom que eles brilhassem por mim, até a tua voz, que pouco conheço, é doce tal como tu e tudo o que te pertence. Não sei o que vêm depois, mas não te posso contar tudo o que habita em mim, acharias um absurdo, talvez até te afastarias. Talvez já te tenhas apercebido um pouco, na maneira que te olho, que te sorrio, nas palavras que te redijo ou da forma como te falo. Deixas-me horas a pensar, fora deste mundo, num mundo onde apenas existe "eu" e "tu" onde por vezes isso acaba com um "nós", mundo esse que talvez nunca descobrirás, mas que eu gostava que descobrisses, comigo.
"Estou presa a ti"