Pergunto-me inúmeras vezes o porque de te amar, o porque de sentir todo este turbilhão de sentimentos sem nunca te poder tocar. Tomara ao meu coração que eu te tivesse esquecido, quem me dera simplesmente querer e esquecer logo. Da maneira rápida que me apaixonei por ti podia também desapaixonar-me. Toda esta paixão já não faz mais sentido. Já não me escreves, já não me premeias com as tuas ternurentas palavras ou com os teus simples carinhos, não pareces sentir minimamente a minha falta e não sabes o quanto me sinto fraca por isso. Eu sinto saudade e esta cresce minuto a minuto. Não te quero dizer, não o posso fazer, não quero que saibas que sou uma fraca. Hesito em escrever-te mas não resisto, é um facto. As recordações são o que me têm mantido firme, não me têm deixado fraquejar e fazem com que suporte sempre o meu corpo que persiste em fraquejar. Podias ter-me dito que essa tua paixão ia ser assim, uma paixão repentina que fez do início o fim, podias ter-me dito que nunca tiveras intenção de me amar e de me tornar a tua princesa. Fiz figura de parva no fundo ao dar-te o melhor de mim, dia após dia, sempre na esperança que no fim me pudesses premiar com aquilo que nunca me premiaras antes. Só quiseste aparecer, fazer a diferença, despertar o sentimento e virar-me as costas. Espero, sinceramente, que nunca façam contigo aquilo que tens vindo a fazer comigo. Até merecias, ias sentir a dor que o meu coração sente, sentirias cada lágrima que te escorresse pelo rosto, cada momento em que fosses ignorado. Eu chorei, chorei que nem um bebé, sofri e ainda sofro, amei-te e ainda te amo, mas não esperes que to diga. Deixei-te livre, deixe que fosses conforme o vento, e para onde o teu coração te levasse. Esperava que ele te tivesse trazido até mim, mas nada foi assim. Podias ter sido o único na minha vida, mas preferiste ser apenas mais um. Lamento tudo isto, mas amo-te mais do que no primeiro dia.