Hoje, peguei naquele caderno de folhas inteiramente brancas e com aroma a ti, reli vezes sem conta todas as palavras que te redigi. Palavras com amor, ou com saudade, de felicidade ou de tristeza, não importa. Eram todos inteiramente sobre ti, muitos deles nem tiveste conhecimento, mas pouca importância tem isso. Queimei folha por folha tudo que para ti fiz, vi cada palavra, que com sentimento escrevi, arder e transformar-se em meras cinzas. Custou-me, chorei, senti um aperto no peito e logo fugi dali. Deixei as cinzas ao vento, virei as costas e parti. Eu preciso mesmo disto, de virar as costas a este amor, de deixar que este parta de mim com a mesma velocidade que o vi entrar. Não sei nada sobre aquilo que tens passado, partiste e partiste à séria. Não deixas-te o mínimo rasto, nem uma mera pista. Espero que estejas realmente bem, que não estejas a sentir o vazio que eu sinto, que não sofras o que eu sofro e que estejas feliz. Desculpa, eu preciso ir, preciso de me esquecer de ti, de deixar para trás tudo aquilo que te diz respeito, que me faça lembrar de ti ou do nós que outrora existiu. Adeus, eu preciso amar alguém que me saiba valorizar e não continuar a amar alguém que me deixou no momento que mais precisei dela.
"Eu preciso ir"