![]() |
Ouço o vento como se fosse a melodia perfeita, vejo o sol
como sendo a própria luz da minha vida e o aroma a ti com o alimento para a
minha alma. Conforto-me nas recordações do passado, passado esse em que a tua
presença era uma constante na minha vida. Não choro pelo que passou, não temo o
futuro porque sei que no presente vale a pena cada sorriso. Tencionava
desfazer-me de ti o mais rápido possível, mas tal não foi possível. É como se
fosse um íman, atraí quando próximos e distantes quando separados. Naquela
altura fui frágil, tanto emocionalmente como psicologicamente, andei sempre um
passo à frente com medo que no futuro me trouxesses o que no passado nos
separou. Não soube dar valor nem viver intensamente o presente, não soube
confiar na plenitude nas tuas palavras e isso levou à separação. Sabes que
nunca fui pessoa de planear, aliás sou contra isso, acredito que se tiver que
acontecer vai acontecer no momento exacto, sem como’s nem porque’s e vai ser
isso que me vai fazer feliz. Sabes que sempre fui pessoa de aproveitar até ao ínfimo
pormenor e nunca desperdicei fosse o que fosse, sabes que dou valor ao mais
pequeno gesto de amor, às mais simples palavras sentidas, ao mais suave toque ou
ao mais seco beijo. Sempre fui assim e é isso que me faz ser aquilo que sou
hoje. Eu perdi-te por ser assim, percebi que errei, mas não mudei. Apenas
aprendi a estar com os dois pés no presente e não com um no passado e outro no
futuro.