Refugio-me na nostalgia dos meus dias devido a ti, refugio-me longe de todos e perto de “ti". Já perdi a conta és vezes em que senti a falta do calor do teu corpo, às vezes em que desejei os teus lábios e a tua presença acima de qualquer outra coisa. Não entendo, não entendo o porque de ainda estar presa a pequenas minucias que nos ligam e que parecem insignificantes. Minucias essas que me fazem viver, que apesar da dor que trazem fazem-me ver que o passado realmente valeu a pena, não pela felicidade, mas pelos ensinamentos que me trouxe aquele que foi um dia o meu grande amor. Já não sei as vezes em que disse a mim mesma que chegava de sofrer, que bastava de pronunciar o teu nome, de te querer para mim pois sei que jamais me voltarás a querer. Houve promessas que acabas-te por romper e sem um adeus me viras-te as costas. Decidiste antecipar a hora da tua partida, a hora em que um dia fizeste questão de pactuar comigo e me dizer que jamais o farias. A tua voz era a melodia perfeita para os meus ouvidos, o teu sorriso o motivo ideal da minha felicidade, o teu coração a minha fonte de amor e os teus braços o meu verdadeiro refugio. Às vezes gostava de saber o que vai dentro desse teu coração gelado, gostava de entender se sentes a minha falta ou não, se sorris quando ouves o meu nome como outrora foi, ou se simplesmente esqueces-te. A probabilidade de ainda guardares contigo recordações é escassa, mas é essa esperança que ainda me faz estar agarrada a ti, eu sei. Não devia, não devia recordar-me de ti, não devia amar-te, mas o que queres? O meu coração é teimoso, tende para se recordar sempre do que não deve, amar quem nos magoa... Tens alguma coisa a dizer? Também achas que chegou a hora e o momento de desfazer os laços que nos ligam e voltar a ser feliz? Apesar de já não teres noticias tuas à muito tempo, espero que em breve me respondas a estas questões até porque eu sei que de vez em quando visitas o meu caminho*
"O que o coração sente um olhar demonstra*"