De que me adianta continuar olhando as estrelas se elas já não brilham? De que me adianta continuar no meio do chão se já não estás comigo? Tenho que deixar que morra em mim o desejo de continuar a amar o teu doce olhar, o teu ternurento toque de dedos, ou simplesmente as tuas palavras que me atormentam a alma, me enchem a cabeça e esvaziam o meu coração. Tenho que deixar morrer a saudade e ficar com as recordações, tenho que deixar secar as lágrimas que todos os dias me chegam aos olhos. Não gosto que me perguntem por ti, não gosto que digam o teu nome... entristece-me, recorda-me de algum modo o que vivemos, o que fiz por ti e que de nada valeu, o que dei de mim e recebi de ti. Já nem sequer te recordas de mim, já nem te lembras do meu nome, da nossa cumplicidade, do nosso amor ( se algum dia ele existiu da tua parte), já não te recordas de nada que de mim provinha. Sou sincera, gostava muitas vezes de ter essa tua capacidade de esquecimento, a tua inteligência para dares a volta a situações que pareciam ter unicamente um destino. Não consigo evitar ter noticias tuas, não consigo evitar-te e ver-te todos os dias, não consigo esquecer o que fomos, não consigo desprezar este sentimento. Há coisas que eu gostava de entender, mas não consigo. Sempre fiz tudo por ti, sempre te ajudei e agora vejo que valorizas mais quem nada faz por ti. Espero que não te arrependas de teres seguido esse caminho, espero que um dia, em momento algum, sintas o vazio que o meu coração sente, a saudade que eu sinto de ti e todos os sentimentos que fazem a nostalgia pairar. Foi uma história como tantas outras, sem principes nem princesas, sem um final feliz, mas que acima de tudo me ensinou a nunca amar alguém desta maneira. Gostava muitas vezes de ser como o mar, flutuar como as nuvens e sorrir como o sol. Resta-me continuar aqui, olhando as estrelas e esperando que o vento leve com ele estes sentimentos que me atormentam e me preenchem a alma.
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