Pensamentos perdidos, memórias profundas e sem sentido preenchem a minha cabeça. O meu coração, esse está mais vazio que nunca, escorre-lhe o sangue pelas paredes de tão ferido que está, chora pela acumulada mágoa que o tem vindo a destruir. O vento bate-me no rosto, seca-me as lágrimas e traz-me recordações. Preciso de dar o prazer aos meus olhos de te ver, mas não sei onde te encontrar, preciso de fazer com que as minhas mãos toquem nessa tua face com pele de bebé... Desejo todas as noites que apareças para me dares um beijo de boa noite ou simplesmente me apareças nos sonhos. É neles que me perco por pensar que te posso ter, que te posso abraçar e deixar-te um pouco de mim. A realidade é outra, é este sofrimento que me congela a alma, e que não me deixa levar a vida como eu bem queria. As minha lágrimas não te comovem, o meu sofrimento não te afeta e a minha vida é para ti indiferente. Queria poder dizer-te que te esqueci, que fechei os olhos e por momentos senti que a nostalgia deu lugar a uma felicidade imensa e que tu eras passado. As ruas da cidade têm sido a minha companhia, tem me dado a liberdade que necessito para poder pensar, para me poder ausentar de todo o mundo que me rodeia. Elas estão como eu, sozinhas, escuras e perdidas no meio do mundo. Consideras o meu amor por ti uma loucura, mas agora te digo, nunca chames de loucura aquilo que é um amor verdadeiro.
( Desculpa, sei que está demasiado vago)